sexta-feira, 20 de março de 2009

Senadores votam em interesse próprio para ampliar propaganda eleitoral gratuita

Ivan Satuf - Portal Uai


Helder Tavares/DP/D.A. Press
Projeto do senador Sérgio Guerra pretende dobrar o tempo de exposição dos partidos
Uma nova investida do Congresso para aumentar o tempo de propaganda gratuita promete gerar reações das emissoras de rádio e televisão. Segundo o site Congresso em Foco, o Projeto de Lei 576/2007, do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), já recebeu aprovação das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Ciência e Tecnologia (CCT), onde recebeu pareceres favoráveis, respectivamente, dos senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Ideli Salvatti (PT-SC), então líder petista no Senado. O projeto de Sérgio Guerra duplica o tempo disponível aos partidos: ao invés de 20, seriam 40 minutos de inserções em bloco na programação da TV aberta e nas emissoras de rádio. O bloco passará para 20 minutos por semestre. Isso quer dizer que, anualmente, estas legendas passarão a contar com 120 minutos (duas horas) de propaganda eleitoral gratuita.“Acho isso um absurdo. As inserções gratuitas já prejudicam demais as emissoras e o transtorno é enorme. Deixamos de veicular o material de clientes para passar a propaganda gratuita dos partidos”, reclama o diretor de Marketing e Comercialização dos Diários Associados, Mário Neves. Ele aguarda uma reação enérgica da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert).
Emmanuel Pinheiro/EM/D.A Press - 21/10/2008
Mário Neves considera a proposta abusiva e aguarda uma posição da AbertDe acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), hoje os partidos com os requisitos que asseguram horário gratuito em rádio e TV têm direito, semestralmente, a 10 minutos de propaganda em bloco (sem divisão em horários diferentes), além de 20 minutos divididos em inserções de 30 segundos a 1 minuto.Contrapartida ineficazSegundo Mário Neves, nem mesmo a possibilidade de dedução no Imposto de Renda compensa as possíveis perdas. “O prejuízo é grande, principalmente no segundo semestre, quando tradicionalmente aumenta a demanda no setor comercial da empresa”, afirma Mário Neves. O tribunal informa que, hoje, os 26 partidos com direito ao espaço gratuito ocupam, por ano, cerca de mil minutos da programação de emissoras de rádio e TV - o equivalente a 16 horas da grade de conteúdo das teledifusoras. Confira outras informações no Congresso em Foco.





Bornhausen defende Serra como "candidatura natural"
Agência Estado

Enquanto o PSDB discute prévias para escolher o candidato a presidente, o DEM declara preferência pelo governador paulista José Serra e prega o respeito dos tucanos a uma velha regra da política: a candidatura natural. “O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, é um bom nome e merece o maior respeito, mas, como ex-presidente do DEM, membro da Executiva e do Conselho Político sou obrigado a dizer que há uma candidatura natural e sua tradução é José Serra”, diz Jorge Bornhausen.A despeito dos elogios a Aécio na reunião do Conselho Político do DEM, semana passada, em São Paulo, a preferência por Serra vem desde 2006, quando o PSDB optou pela candidatura de Geraldo Alckmin. “Erro não se repete”, adverte. Por isso mesmo, a aposta agora é em Serra. Bornhausen pede “bom senso” ao tucanato.



Apoio de Bornhausen a Serra irrita aliados de Aécio
Agência Estado



A defesa da "candidatura natural" do governador paulista José Serra (PSDB) a presidente, feita publicamente pelo conselheiro político do DEM e ex-presidente da legenda Jorge Bornhausen, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, irritou os aliados do governador mineiro e também pré-candidato tucano ao Planalto, Aécio Neves. O PSDB de Minas Gerais não abre mão das prévias para escolher seu candidato à corrida sucessória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até o secretário-geral do partido, deputado Rodrigo de Castro (MG), não hesita em contestar Bornhausen."Candidato natural não existe. O que existe é o candidato escolhido pelo partido", diz Castro. Como integrante da direção nacional tucana, Castro afirma que a escolha é decisão soberana do PSDB. "Candidato natural é o que sair das prévias", diz o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), recomendando cuidado na condução do processo, para que as eleições prévias não se convertam em racha partidário. Essa cautela os aecistas de Minas estão tendo.Diferentemente de Bornhausen, que fez questão de alardear que Serra, e não Aécio, é o melhor perfil para comandar o País na crise financeira, os aliados do governador mineiro dizem que ambos são excelentes. "Se ficarmos rachados entre serristas e aecistas é um mau começo. Sou Aécio, mas não faço restrição ao Serra", afirma o primeiro secretário da Câmara, Rafael Guerra (PSDB-MG).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, sugestão ou critica:

Pesquisa

Pesquisa personalizada