O vereador e vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Campo Grade, Dr. Loester, preocupado com a situação em que vive a Santa Casa, declarou que a intervenção que ocorre há quatro anos no hospital, não pode continuar.
Isso é uma vergonha! Essa semana o hospital não tinha dipirona para administrar em seus pacientes. Os fornecedores, com medo do que pode acontecer, pararam de entregar seus materiais e ou medicamentos. Hoje o maior hospital do Estado de Mato Grosso do Sul está parado, declara.
As declarações do parlamentar foram feitas durante audiência pública realizada na Casa de Leis na manhã desta segunda-feira (27) onde diversas lideranças do setor e da sociedade civil organizada participaram e deram seus depoimentos sobre a Santa Casa de Campo Grande.
O objetivo principal da audiência, segundo o parlamentar, é que acabe a intervenção e seja cumprida a lei; que a administração do hospital seja devolvida a para a Associação Beneficente de Campo Grande e todas as conquistas alcançadas durantes a intervenção seja mantida. Vamos sim, cobrar do presidente da Associação Beneficente de Campo Grande, Ezaqueu Nascimento, uma boa administração, oferecendo à população uma melhora na qualidade do atendimento e também na estrutura física, pois internamente o hospital está sucateado, afirma.
Ezaqueu acredita que o poder público está fazendo campanha terrorista contra a Associação e segundo ele quem vai sair prejudicada será a população sul-mato-grossense. O presidente explicou que o Estado tem que estar a serviço da sociedade civil e que tentaram resolver o problema, mas esqueceram de ver o conjunto.
Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), desde do começo da intervenção, no dia 13 de janeiro de 2005, os atendimentos e outros serviços do hospital vem decaindo, além do deterioramento físico do prédio. Antigamente o hospital atendia 738 leitos e hoje caiu para 480. Em 2002 eram feitos 30.000 atendimentos anuais e em dezembro de 2008 caiu para 19.000. Em 2005 o endividamento da Santa Casa era R$ 53,3 milhões e, até o final de 2007 (os dados de 2008 não foram concluídos) chegava a R$ 69,1 milhões.
Com 2200 funcionários, o presidente Ezaqueu quer a ajuda dos parlamentares da Câmara Municipal para que o hospital possa voltar a ser referência em diversos setores como transplantes de córneas, rim e fígado, entre outros serviços.
Já o secretário municipal de saúde, Luiz Henrique Mandetta, acredita que a Santa Casa levará décadas para voltar a ser um hospital de excelência. Vamos fazer ampliações e melhorar dignamente as condições da Santa Casa com o dinheiro público e o prefeito Nelson Trad, deu aval para tais melhoras, ressaltou.
Assessoria de Imprensa
Fernanda Barros
3316-1546
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