O vice-presidente da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (Aserghc), Arlindo Ritter, pediu hoje (27/4) aos vereadores que criem uma comissão da Câmara para auditar a administração do GHC. Ao ocupar a Tribuna Popular da Casa, o dirigente da Aserghc alertou que os problemas de gestão ameaçam o funcionamento do grupo, causando prejuízos à população. "Na última semana, a fila na Emergência tinha 120 pacientes, quando o normal seria no máximo 30."
Ritter disse que o GHC tem hoje cerca de mil trabalhadores a mais do que em 2003, mas a produção continua a mesma, o que, conforme ele, exemplifica a deficiência na administração da instituição. O sindicalista informou que está programado para o próximo dia 30, em frente ao Hospital Conceição, um ato dos funcionários em defesa do GHC e de repúdio à atual administração.
O representante dos servidores reclamou de perseguição política contra os funcionários. Revelou que desde o ano passado 500 funcionários foram dispensados sem nenhuma justificatica e que os mais atingidos são os que têm causas trabalhistas contra o GHC. "Hoje, o Conceição tem um passivo trabalhista de R$ 400 milhões. E 95% das ações são motivadas por má gestão." Acrescentou que a máquina burocrática existente na instituição consome muitos recursos e não oferece a contrapartida para a sociedade. "Temos 22 gerências, 350 funções gratificadas (FGs) e 40 assessorias e consultorias."
A vereadora Maristela Maffei (PCdoB) defendeu a atual administração do GHC, especialmente a superintendente do grupo, Jussara Cony. "Não acredito que Cony integre uma gestão temerária." Para Maristela, é preciso ter cuidado com o denuncismo que pode esconder disputas partidárias. "Não podemos aceitar esta forma de denúncia que busca descaracterizar uma instituição que atua 100% pelo SUS." A vereadora propôs ao presidente da Câmara, vereador Sebastião Melo (PMDB), que convide Jussara Cony a comparecer ao Legislativo para explicar as denúncias apresentadas pela associação. "Queremos discutir os problemas do GHC de forma democrática, sem ataques pessoais."
O GHC é o maior complexo hospitalar do Estado, reunindo os hospitais Conceição, Cristo Redentor e Fêmina, e tem um orçamento anual de R$ 550 milhões. O Grupo possui 7,3 mil funcionários e 1,6 mil leitos, 100% deles em convênio com o SUS.
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Lideranças
Nesta segunda-feira (27/4), no período de Lideranças, vereadores e vereadoras de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos:
SOLIDARIEDADE – Mauro Zacher (PDT) disse serem preocupantes notícias veiculadas na imprensa nacional sobre o mau uso das verbas para passagens aéreas. "O PDT lamenta que as notícias veiculadas informem que o deputado Federal Vieira da Cunha (PDT) tenha feito uso indevido das passagens", salientou. “O PDT lançará uma nota de apoio ao deputado Vieira da Cunha, e a bancada pedetista manifesta solidariedade”, completou. É importante, afirmou ainda Zacher, que a transparência dos gastos públicos seja mostrada em breve: "Só assim pode-se conhecer o que realmente está ocorrendo". (RT)
FESTA – Paulinho Rubem Berta (PPS) comentou que neste final de semana ocorreu a festa dos 22 anos do bairro Rubem Berta. Segundo ele mais de 5 mil pessoas participaram das festividades. O vereador agradeceu o apoio de todas as secretarias municipais que foram fundamentais na elaboração e coordenação da comemoração. “O bairro agradece a cooperação de todos que se uniram em torno da festa comunitária que foi um sucesso”, ressaltou. (RT)
ESCURO - Valdir Canal (PRB) cobrou da atual administração municipal a falta de iluminação na Cidade. De acordo com o vereador, algumas ruas estão totalmente escuras. “A população está às escuras”. Também criticou o alto custo cobrado pelos estacionamentos no Centro da Cidade. “Enriquecem de forma ilícita, explorando o povo”. De acordo com o vereador, os proprietários desses estabelecimentos aproveitam a brecha deixada pelo poder público para enriquecer. “Será que o governo não vê”, questionou o vereador. (RA)
DISCORDÂNCIA - Nilo Santos (PTB), discordou de Valdir Canal e disse que o atual governo tem feito várias ações positivas em relação à cidade. “Quem não reconhece, não pode criticar”, ressaltou. O vereador elogiou a Smov que, segundo ele, tem agido prontamente em relação à falta de iluminação. “Só não estamos conseguindo atender a demanda que tem sido muito em razão do aumento do roubo de fios”. Quanto ao valor cobrado nos estacionamentos, disse que o governo federal também responsável, pois, como disse, ao reduzir IPI, proporciona que a população adquira mais automóveis. (RA)
Regina Tubino Pereira (reg. prof. 5607)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)
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