Financiamento público apenas com reforma, afirma Mendes
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE, NO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, afirmou ontem que o financiamento público de campanhas eleitorais só será viável após uma reforma no sistema político do país. Segundo Mendes, como é hoje, não é possível evitar que os partidos recebam recursos privados não declarados.
"Teríamos mais gastos e não se conseguiria evitar recursos privados não declarados nas campanhas num país continental", disse, no Rio.
De acordo com o presidente do STF, o sistema eleitoral atual já é, em partes, financiado com recursos públicos -por meio da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV e do Fundo Partidário.
"Esse modelo absoluto [de financiamento público] dependeria de uma mudança no sistema político eleitoral, e nós não sabemos bem qual será esse modelo. Eu disse até que nós estamos seguindo aquele dito: sabemos o que não queremos, mas não sabemos exatamente o que queremos", disse.
"Auditoria especial"
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Carlos Ayres Britto, decidiu abrir uma "auditoria especial" para investigar os maiores doadores das eleições do ano passado, entre eles o grupo Camargo Corrêa. Com apoio da Receita Federal e do TCU (Tribunal de Contas da União), o TSE acha possível investigar cerca de 20 entidades.
A construtora diz ter doado R$ 23,9 milhões em 2008. "As doações realizadas pelo grupo foram feitas dentro da lei e devidamente declaradas ao TSE", disse, em nota.
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