quarta-feira, 8 de abril de 2009

PSDB pretende manter a hegemonia

RAFAEL COSTA
Especial para o Diário

Vitorioso nas últimas quatro eleições municipais, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) se articulará na tentativa de manter sua hegemonia em Cuiabá na próxima década.

O prefeito e presidente do diretório estadual do partido, Wilson Santos, exalta os projetos do partido e acredita que a sigla detém força para manter seu poder na Capital e expandi-lo para o Estado e até mesmo o país.

“O PSDB é um partido especialista em cumprir metas fiscais e não há dúvida de que tem chances de construir uma aliança que permita chegar ao governo do Estado ou à Presidência da República e expandir seus projetos”, afirma.

No entanto, a pretensão dos tucanos de disputar o governo do Estado em 2010 diante da única opção que lhe é disponível, o prefeito Wilson Santos poderá abrir uma lacuna política em Cuiabá, abrindo espaço para outras forças que poderão se agrupar e viabilizar novos projetos de poder.

“Com o Wilson Santos se deslocando para disputar o governo, deixa na prefeitura alguém que não tem identificação com o PSDB. Para o partido ganhar sobrevida, o Wilson deveria abdicar do governo e concluir o mandato com muita qualidade”, alerta o cientista político João Edisom de Souza.

Ele também destaca que o poder continuará nas mãos dos chamados caciques políticos e a renovação levará anos para se concretizar. “Não acredito no continuísmo em Cuiabá. Nós devemos passar duas ou três décadas para formarmos grupos fortes que possam se revezar no poder, mas por enquanto vai continuar na mão de pessoas não muito novas”, argumenta.

Souza ainda aposta em outras mudanças. “A nossa cultura política terá que ser construída porque nós não temos. O eleitor se identifica com pessoas e não com história e com algo essencial, que é a concepção do mundo pelo meio ideológico”, alega.

Já o filósofo e analista político Manoel Motta entende que a hegemonia do PSDB em Cuiabá poderá ser superada nos próximos anos, mas afirma que não se pode estipular prazos e encara com naturalidade este processo. “Não há força política considerada permanente porque o poder numa democracia sempre está em disputa. O PSDB vai continuar com força própria, mas PR e PT têm permanência forte e depende muito também de 2010”, destaca.

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