quarta-feira, 22 de abril de 2009

Reunião preparatória para o Acordo Global de clima apresenta poucos avanços


Acabou no último dia 8 de abril, em Bonn (Alemanha), a primeira reunião preparatória da 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima que ocorre em dezembro em Copenhagen (Dinamarca), quando se espera que seja assinado o novo acordo global de clima que substituirá o protocolo de Quioto pós-2012. A reunião – que foi iniciada com a entrega dos votos da Hora do Planeta ao redor do mundo – tinha como principal objetivo delinear a base para o acordo global. Apesar de não ter apresentado grandes avanços, o encontro foi muito mais amistoso que os anteriores, principalmente pela presença de uma nova delegação dos Estados Unidos, disposta a se engajar e tomar parte na solução climática.
Durante a reunião, o grupo dos Países Menos Desenvolvidos (LDC, na sigla em inglês) pediu 2 bilhões de dólares para financiar a implementação de seus planos nacionais de adaptação.Para a Rede WWF, os países desenvolvidos deveriam providenciar essa quantia a tempo da nova rodada de conversações em Bonn, programadas para junho deste ano.

No dia 30 de março, para abrir a reunião, a Rede WWF e um Grupo de Escoteiros Alemão entregou uma urna simbólica ao Secretário Executivo da Convenção de Clima, Yvo de Bôer, com os votos de centenas de milhões de cidadãos de todo o planeta que votaram pela terra durante o movimento Hora do Planeta numa demonstração de que estão a favor de ações de combate ao aquecimento global.


Devolvendo a Mata Atlântica ao seu lugar
A Mata Atlântica passa a contar a partir deste mês de abril com a maior mobilização para recuperar o que já foi perdido em um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta. O chamado Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, firmado por entidades ambientalistas, entre elas o WWF-Brasil, governos, empresas e instituições de pesquisa, prevê a implantação de projetos para restaurar, até 2050, 15 milhões de hectares de áreas com potencial de regeneração. A meta é passar dos atuais 7% para 30% a cobertura dessa floresta que originalmente ocupava toda costa litorânea brasileira.

A coordenadora do Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil, Luciana Simões, explica que recompor com vegetação nativa trechos que estão degradados em onze estados brasileiros, além de repercutir na proteção de espécies únicas e aumentar a qualidade de vida da população, também dará sua contrapartida ao imenso desafio global de combater as mudanças climáticas uma vez que desencadeará o seqüestro de carbono em larga escala.

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