segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vitória sediará 2ª Conferência de Promoção da Igualdade Racial

Vitória sediará a 2ª Conferência de Promoção da Igualdade Racial - Regional Central Espírito Santo, que reunirá a Capital e as cidades de Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana, Guarapari, João Neiva, Fundão e Ibiraçu.

O encontro será na próxima sexta-feira (24) e sábado (25), no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Esta é uma etapa das conferências Estadual e Nacional, que vão ocorrer durante o ano, promovidas pela Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em parceria com o governo e prefeituras.

Os avanços, os desafios e as perspectivas da política nacional de promoção da igualdade racial estão entre os temas que serão debatidos nesta conferência, que também dará início às discussões das questões raciais na Capital, durante este ano, e terá o ponto culminante no Pluricidades, evento promovido pela Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos e celebra as diversidades sociais.

A elaboração da política de promoção da igualdade racial da Seppir balizou-se pelos debates políticos, considerando o processo histórico da sociedade brasileira e o impacto positivo que teve, no Brasil, a III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Intolerâncias Correlatas, realizada em Durban, na África do Sul, em 2001.

"O Brasil se fez presente nesse processo de maneira efetiva e incrementou políticas públicas no campo da igualdade racial e étnica, comprometendo-se com a Declaração e Plano de Ação de Durban. Ressalta-se que, no Brasil, a adoção de políticas públicas de combate ao racismo e pela igualdade racial é resultado de lutas históricas do movimento negro e popular, que encontraram correspondência no atual governo", afirma o ministro da Seppir, Edson Santos.
Preconceitos

Apesar dos negros serem maioria na composição étnica brasileira, o preconceito ainda é forte em nossa sociedade, pois são poucas as negras e negros em espaços de poder. Eles ainda compõem a maioria dos segmentos social e economicamente excluídos do país, sua religiosidade de raízes africanas sofre forte preconceito de outras religiões e sua cultura ainda é marginalizada.

O mesmo acontece com os índios e também com os ciganos. Os índios têm grande dificuldade com a demarcação do que restou de suas terras, com a preservação de sua cultura e de seus dialetos. Os ciganos ainda sofrem com preconceitos, que desqualificam sua etnia como marginalizada, têm dificuldade com a educação formal e registro civil de suas crianças pela fato de serem nômades. E todas estas etnias têm dificuldades de acesso aos serviços públicos de saúde e assistência social.

Diante destas questões, as políticas públicas afirmativas e promotoras da igualdade racial promovidas pelos governos são de fundamental importância para reverter este quadro de exclusão e discriminação. O governo federal tem feito ações incisivas, neste sentido, e a Prefeitura de Vitória, também, num diálogo permanente com os movimentos sociais.

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