O estudo desenvolvido pelo pesquisador da Universidade de
Brasília (UnB) Valério Medeiros, apontando Florianópolis com o segundo
pior índice de mobilidade do mundo e com o deslocamento mais
complicado entre 21 das principais capitais
brasileiras, só confirma uma realidade que nós moradores temos que
conviver diariamente. O assunto incessantemente mencionado por mim
atendendo aos anseios da comunidade, ocupou as páginas dos principais
jornais no início desta semana em levantamentos que consideraram a
organização e a conexão das ruas, e o processo de crescimento urbano
sem planejamento, como as principais causas para este cenário de caos.
O pesquisador sugere estratégias para amenizar o problema como criar
novas ligações entre o Continente e a Ilha, promover a integração
entre vários meios de transportes e a utilização de ciclovias para
pequenos trajetos.
Estranhamente no dia seguinte a publicação do referido estudo, o
prefeito Dário Berger chama uma coletiva com a imprensa para falar das
providências que vai tomar e dos projetos que já tinha disponibilizado
para acabar com a falta de mobilidade na Ilha de Santa Catarina. Um
jogo de cena nesta maneira de governar onde há muito discurso com
obras virtuais e pouca ação. O problema não é de hoje, nem pode ser
tratado como um palanque
político em cima de um estudo que não mostra nenhuma novidade e só
confirma uma situação antiga e que se agrava a cada dia que passa.
Mais do que justificar ações em cima de uma pesquisa, o Prefeito deve
explicações ao povo e aos vereadores que há tempo vem cobrando
providências neste sentido. São ações simples, que este vereador vem
batendo diariamente na tribuna cobrando da bancada governista e dos
órgão públicos municipais as devidas providências. Eu como vereador da
oposição e como morador da Ilha, tenho me pronunciado regularmente
sobre o desenvolvimento desordenado da capital catarinense e
a falta de planejamento da prefeitura neste processo. Defendo o
futuro da cidade de uma forma organizada, cabendo a prefeitura e
órgãos competentes estabelecer os
investimentos com clareza e prioridades. E cito como prioridade
justamente a execução de projetos para acabar com os gargalos de
Florianópolis. Na minha opinião a mobilidade, começa por caminhos
curtos como o alargamento da Via Expressa Continental, facilitando a
entrada na BR 101 e municípios vizinhos da Grande Florianópolis; a
duplicação da
Deputado Edu Vieira que já tem verbas garantidas desde o Governo da
Prefeita Ângela Amin através do FONPLATA, e que fecha o
anel viário no entorno no Maciço do Morro da Cruz, construção de uma
via em direção ao sul da Ilha, dividindo o trânsito numa
ligação direta ao Aeroporto e um novo acesso a Praia do Campeche; bem como
o termino da duplicação da SC-401e a Beiramar Continental com um
acesso ligando à Beiramar Norte.
No caso da SC-401 e do alargamento de Via Expressa no Continente,
mesmo sendo de responsabilidade do Governo Estadual, lembro que há uma
parceria dos dois poderes e é obrigação do Executivo Municipal cobrar
do Governo do Estado, obras necessárias e urgentes para a cidade,
deixando de lado as combinações políticas que impedem uma postura mais
firme do Prefeito na hora de defender os interesses do povo.
Foi preciso a publicação de um estudo por terceiros para o Prefeito anunciar
medidas até então engavetadas e supostamente comprometidas por falta
de recursos que são exageradamente direcionados aos cargos
comissionados, alguns até fantasmas. Eu não acredito em ações
concretas e caso ocorram vou fiscalizar de perto cada obra, para que
sejam executadas com qualidade e não através de serviços baratos,
eleitoreiros e de
fachada como a Operação Tapete Preto.
VEREADOR AURÉLIO VALENTE (PP)
Grata pela publicação
Fátima Reis - assessora de comunicação vereador Aurélio Valente
99-612861
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