A Sessão Ordinária do último dia 11 contou com a presença de Jorge Emílio da Costa Machado, que ocupou o espaço para relatar a situação dos moradores da área ocupada Maredial, no bairro Santa Marta, como representante daquelas famílias.
Segundo ele, a área estava em processo de reivindicação de posse, no entanto, a ação foi suspensa para que se buscasse um acerto entre as partes.
Cerca de 50 famílias vivem na área atualmente, algo em torno de 106 adultos e 117 crianças. O processo encontra-se no Ministério Público que está fazendo as tratativas para resolver a questão. Está agendada, ainda para esta semana, uma reunião entre os moradores e o Procurador do Município, Everson Montenegro Rossi, para buscar soluções para o local.
Jorge enfatizou que durante anos as Administrações Municipais tem entrado em contato com os moradores no sentido de melhorar a qualidade de vida e chegar a uma solução deste impasse.
A reclamação do ocupante da tribuna foi em relação à postura da atual Administração, que tem realizado ações no local sem o conhecimento dos moradores, que não tem conhecimento do croqui que foi elaborado pelo agrimensor.
“Na reunião anterior com o procurador, este não quis ouvir a reivindicação dos moradores, tendo usado de um autoritarismo sem precedentes, dizendo inclusive que quem não acatasse as orientações seria expulso do Município. Como se pode perceber, o poder público quer apenas desocupar a área, sem o mínimo comprometimento, deixando assim de resolver o problema social que ali se instalou”, afirmou Jorge.
O representante dos moradores diz ter apenas informações de que várias casas serão demolidas ou relocadas. Ao se perguntar quem arcaria com o prejuízo, a resposta veio de pronto do Sr. Procurador: ‘desmanche a casa e carregue nas costas”, finalizou.
Os moradores afirmam que querem apenas tratamento com respeito e o direito de ser ouvidos, afinal existem muitas questões que demandam tempo e trabalho em mutirão para serem resolvidas, chegando a uma decisão de consenso. O grupo de ocupantes se declara ordeiro e “está aberto ao diálogo com idéias claras do que pode ser feito para melhorar sua condição de habitação. São pessoas pobres e que têm direito à moradia digna”.
As lideranças dos moradores afirmam ter procurado o Prefeito Constantino Orsolin, que não os atendeu por não haver agenda disponível. Jorge reafirmou que em nenhum momento neste processo os moradores foram ouvidos e convidou os vereadores a fazer parte da reunião em que será apresentado um anteprojeto aos moradores.
A Presidente da Câmara de Vereadores, Noeli Stopassola Soares, afirmou que da parte do Legislativo não serão medidos esforços para auxiliar estes moradores. “Acredito que, nesta questão, se houver boa vontade por parte de todos os envolvidos, teremos uma solução pacífica, tanto na regularização quanto na infra-estrutura desta área, pois todos merecem uma vida digna e saudável”.
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