terça-feira, 12 de maio de 2009

SP tem menos ambulância do que previsto pela regulamentação federal

São Paulo - O Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) da capital paulista tem menos ambulâncias avançadas - espécie de UTIs móveis - do que o previsto pela regulamentação federal. Em operação hoje existe uma unidade desse tipo para cada 1,38 milhão de habitantes em São Paulo. A relação adequada é de uma para cada 400 mil a 450 mil habitantes. A Secretaria Municipal de Saúde diz estar investindo na contratação de médicos e ter proposto ao Ministério da Saúde a aquisição de veículos ágeis para ampliar a oferta de atendimento avançado.

A pasta alega que equipamentos recebidos do governo federal levaram em conta a população da cidade em 2003. Além de mais equipamentos, uma ambulância precisa levar um médico e um enfermeiro para ser considerada uma unidade de Suporte Avançado à Vida (SVAs), como são chamadas as UTIs móveis. Com reconhecida carência de médicos, hoje a Prefeitura consegue manter oito ambulâncias desse tipo prontas para operar, diariamente, durante 24 horas.

A Secretaria Municipal de Saúde diz ter veículos suficientes para manter 20 SVAs em operação ao mesmo tempo. Para chegar a esse número, a pasta abriu um concurso (com previsão de realização no mês que vem) para contratação de 100 médicos. Hoje, o Samu tem em seus quadros 118 desses profissionais e sofre com a evasão deles. Porém, com 20 SVAs e 11 milhões de habitantes (segundo IBGE), o serviço paulistano chegará a uma ambulância para cada 549,5 mil habitantes - o previsto na Política Nacional de Atenção a Urgências e Emergências do Ministério da Saúde são 99,5 mil.

Entre 2007 e 2008, o número de atendimentos com ambulâncias avançadas cresceu mais que a média. No ano passado, foram 17.380, ante 12.219 no ano anterior - alta de 42%. No geral, o Samu passou de 297.307 para 394.103 atendimentos no mesmo período, crescimento de 33%. A reportagem pediu, mas a Secretaria de Saúde não forneceu dados de anos anteriores. Segundo Antonio Onimaru, o conselho consultivo da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT), o número de UTI por habitante (da Política Nacional) foi definido a partir de estudos de outros países adaptados à realidade brasileira e há locais em que essa relação é menor. As informações são do Jornal da Tarde.

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