Palmas é a capital da região norte com a menor presença feminina no poder público, é o que diz pesquisa publicada recentemente que afirma que, apesar das capitais dos estados da região Norte aparecerem na liderança do ranking entre as 26 capitais de todo o país sobre a presença feminina nos secretariados municipais, é também no Norte, em Palmas, que há apenas uma mulher ocupando uma secretaria municipal. Trata-se de Maria Helena Brito Miranda, que responde pela pasta de Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Emprego do município (há 12 secretarias no município). E quando se trata de parlamento municipal, a história também não é diferente. Na Câmara Municipal de Palmas há apenas uma vereadora, Divina Márcia (PTN), em meio aos outros 11 vereadores.
O dado, nada honroso para uma capital que pretende imprimir um caráter cosmopolita, coloca Palmas em último lugar na região, com 8%, acompanhada em âmbito nacional pelas cidades de Belo Horizonte (1), Salvador (1), Curitiba (1), São Paulo (1), e à frente de Florianópolis, que não tem nenhuma mulher em seus quadros.
Para a vereadora, a presença feminina no poder público deveria ser bem mais aproveitada, já que há importantes mulheres com nomes de peso e que tem boas propostas. Divina Márcia ainda aponta que um dos impedimentos poderia ser a questão do incentivo partidário, que na opinião da vereadora, deveria ser igualitário, ao invés de disponibilizar apenas 30% das vagas para a candidatura de mulheres. “A impressão que se tem é que essas vagas só existem para preencher protocolo, e se não são preenchidas, não parece fazer muita falta”, declara.
Quanto à eleição e ao fato de ser a única mulher no legislativo municipal, Divina se considera muito honrada e afirma que é muito respeitada na Câmara por todos os vereadores, inclusive os da oposição. E as propostas da vereadora não poderiam ser outras. Seus projetos são voltados para três segmentos: saúde, social e, como não poderia ser diferente, mulheres. “Tenho projetos para envolver as mulheres e promover cursos para a geração de renda”, comenta. A vereadora ainda explica o porquê da escolha para as três frentes de trabalho: “Já precisei da saúde do estado e do município pois meu pai ficou anos na UTI, além disso, faço visitas a hospitais através da minha igreja, por isso entendo as necessidades. Através destes trabalhos voluntários, também acompanho as carcerárias e outros projetos em creches ou diretamente com a comunidade. Posso falar sobre tudo isso porque conheço de perto esta realidade”, justifica.
Fonte: O Girassol
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