Senado: o interminável poço de irregularidades
Jornal do Brasil
BRASÍLIA - As denúncias de abuso no uso das passagens aéreas por parlamentares atingiram, terça-feira, o líder do PDMB no Senado, Renan Calheiros (AL). Reportagem publicada pelo site Congresso em Foco acusa Renan de utilizar parte do benefício para custear 26 passagens para quatro pessoas envolvidas nas denúncias que lhe custaram o comando do Senado, em 2007. Na ocasião, Renan deixou a presidência da Casa acusado de ter contas pessoais pagas por uma empreiteira.
Segundo a denúncia, a cota de passagens a que Renan tem direito pagou viagens de dois assessores e um primo que foram apontados como seus “laranjas” em empresas de comunicação. A cota também bancou passagem para um veterinário apontado pelo ex-presidente do Senado como responsável pela venda de 1.700 cabeças de gado de sua propriedade.
Primo e sócio
O principal beneficiário das passagens do atual líder do PMDB seria Ildefonso Antonio Tito Uchôa Lopes, primo de Renan e sócio do prefeito de Murici (AL), Renan Calheiros Filho, em empresas de comunicação. Ele é suspeito de receber de Renan 13 passagens entre agosto de 2007 e novembro do ano passado, segundo registros de companhias aéreas. O empresário foi acusado de registrar a compra de um grupo de comunicação em seu nome para acobertar uma sociedade oculta de Renan com o usineiro João Lyra.
O líder do PMDB já respondeu a três processos de quebra por decoro parlamentar. Em um deles, foi acusado de usar “laranjas” na compra de um jornal e duas rádios. Tito Uchôa e Carlos Santa Rita seriam parte desses supostos “laranjas” – já que os dois foram lotados como servidores do peemedebista no Senado. A assessoria do senador Renan Calheiros informou que o parlamentar não iria comentar as denúncias. (Com agências)
Fonte: Jornal do Brasil/RJ
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