sexta-feira, 29 de maio de 2009

UM DESLABRO, UM CRIME, UMA AFRONTA AOS NECESSITADOS:Roupas e calçados doados "encalham" em Itajaí (SC); toneladas vão para o lixo






Olá, amigos leitores!!

As notícias que estamos publicando abaixo é a pedido do leitor Sr. Luis Gustavo, que achou um descalabro, um crime e um descaso total para com quem realmente precisa. O destino que estão dando para as doações enviadas para os desabrigados das enchentes de Santa Catarina. Pois segundo o leitor já que o Governo Estadual e Federal não estedeu a mão para os desabrigados, então pelo menos que não cometessem este crime que é... Jogar no lixo tudo aquilo que os Brasileiros doaram com empenho e com sacrificio aos seus irmãos Catarinenses. Pois se isso acontecer será uma afronta aos necessitados e principalmente a quem dou. E-mail do leitor: gustapoamaia@hotmail.com

As ruas de Itajaí (90 km de Florianópolis) guardam poucos sinais dos estragos causados pelas chuvas e enchentes de novembro e dezembro do ano passado. As avenidas tomadas pelas águas e as casas cheias de entulhos nas portas já estão limpas. Após seis meses, porém, uma situação persiste: ainda há pilhas de roupas e sapatos doadas sem dono. São nove contêineres cheios de donativos, volume que chega a aproximadamente 125 toneladas. Destas, cerca de 70 toneladas vão para o lixo, pois foram consideradas "podres" pela prefeitura.

Parte destas roupas estava armazenada em um parque onde se realizava uma festa tradicional da região. O espaço, localizado na zona rural, costuma abrigar vacas e bois. "As doações foram jogadas diretamente na terra. Aquela camada de roupa não foi aproveitada", afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Rosane Casas, que culpa a gestão anterior, do prefeito Volnei Morastoni (PT), pelo mau armazenamento. "O galpão estava coberto apenas com uma lona, e não tinha paredes. Chovia, secava, chovia, secava", diz, referindo-se à exposição das peças. De acordo com a secretaria, um laudo da Vigilância Sanitária atestou que as roupas estavam sem condições de uso.

Trinta mulheres trabalharam durante cerca de dois meses na separação de roupas e calçados

Toneladas de roupas que apodreceram após serem mantidas em chão de terra serão jogadas em aterro sanitário

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O presidente do diretório municipal do PT, Felipe Damo, afirma que, no fim do governo de Morastoni, as roupas foram mantidas menos de 15 dias na área rural porque "todos os outros possíveis locais estavam lotados". "A questão era provisória, o atual governo que manteve a roupa lá por mais quatro meses, até elas apodrecerem", acusa.

O desperdício já causou polêmica no começo de maio, quando parte das peças estragadas foram encontradas em uma área destinada ao descarte de entulhos da construção civil. O governo afirma agora que aguarda autorização da secretaria de Obras para enterrar as peças em aterros sanitários.

No auge da tragédia em Santa Catarina, cerca de 1.000 toneladas de roupas e calçados chegaram a ficar acumulados em 41 prédios públicos da cidade. Acredita-se que as doações se concentraram em Itajaí devido ao acesso restrito a cidades vizinhas, como Ilhota e Blumenau.

Em janeiro, as roupas foram reunidas em um galpão, que foi aberto não só aos atingidos pelas chuvas, mas a quem quisesse pegar os itens. Cerca de 50 municípios vizinhos se beneficiaram com os donativos, além de outros Estados do país, como São Paulo e Espírito Santo. Mesmo assim as pilhas persistiram. No final de março, uma empresa foi contratada para organizar as roupas. Selecionadas e dobradas, as peças ocupam agora dois contêineres. Segundo Rosane Casas, um deles foi enviado ao Piauí - apenas um dos 11 Estados atualmente castigados pelas enchentes. O outro será "guardado" para futuras campanhas de doação, como a campanha do agasalho.

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Sapatos
Além das roupas, ainda restam os sapatos. Eles lotam dois contêineres, totalizando cerca de 28 toneladas. Durante o trabalho que realizaram na seleção das peças, 30 mulheres, muitas no alto de uma pilha, tentavam encontrar um par no meio de tantos calçados. O galpão está aberto até o dia 30 deste mês para qualquer morador que queira procurar o seu. "O pessoal chega, pergunta se pode pegar. A gente permite, eles entram e vão pegando. E eles conseguem achar os pares", afirma Elisângela Pereira, 35 anos. Ela também trabalhou na triagem das roupas. "Tinha muita roupa suja, muito cheiro de mofo, roupa estragada, foi difícil", lembra.

As próprias trabalhadoras, moradoras de Itajaí e também vítimas das enchentes, já se beneficiaram das doações. "É tudo da enchente: esta calça, esta blusa", mostra Maria das Neves de Souza, 40 anos. Ela perdeu tudo: roupa, armário, cama, colchão, televisão. "Eu ainda estou dormindo no chão", conta.

Questionada se as condições das roupas e sapatos são precárias, Maria nega. "Tem muita roupa boa, sapato bom. Eu achei uma aliança, teve gente que achou até ouro por aqui", relata.

Segundo a prefeitura, os sapatos que não forem recolhidos até este fim de semana serão encaminhados a empresas de reciclagem. Mas estas empresas ainda não foram encontradas.

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Fonte UOL Notícias

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