quarta-feira, 22 de julho de 2009

Estudos revelam força e vícios dos partidos brasileiros

Retrato da arena política desfaz simplificações e expõe mecanismos de controle e coordenação eleitoral

Daniel Jelin, do Estadao.com.br


SÃO PAULO - A desilusão do senador Pedro Simon (PMDB-RS) com os rumos de seu partido é tamanha que é assim que ele encerra a entrevista ao Estadao.com.br: "Eu aceito os pêsames". Veterano de Senado e de PMDB - que, com saudosismo, ainda chama MDB -, Simon não tem esperança de que os seguidos escândalos que atingiram a cúpula possam surtir algum efeito renovador sobre a legenda. "É um crime o que fizeram com o partido", diz. E por que não muda de legenda? "Eu não tenho para onde ir", suspira.


O estudante Juliano Torres também não tinha para onde ir quando decidiu ingressar na política. Por isso decidiu fundar o Libertários, ou Líber, que hoje preside. O partido nasceu no Orkut, e a proposta - Torres admite - é radical: ultraliberalismo. Torres se define como um anarquista de mercado e, ironicamente, como siglas nanicas na ponta oposta do espectro político, é contra quase tudo isso que está aí: das agências reguladores ao Banco Central; do voto obrigatório ao Bolsa-Família; da Petrobras à Esplanada dos Ministérios. O Líber é pelo Estado mínimo - ou Estado nenhum. Alguns membros do Líber já tinham passagem pelo DEM, mas a maioria não admite engrossar as fileiras de outras legendas. "O modelo dos partidos é muito centralizado", diz.

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